É preciso entender os mecanismos da persuasão. Muita gente acredita erroneamente que persuadir é sinônimo de convencer. Mas o único ponto em que convencer e persuadir se encontram é na intenção talvez até mesmo inata do ser humano de buscar influenciar o outro. A partir daqui, o interlocutor pode tomar duas estradas distintas: a que leva a influência para o campo da emoção e fala à vontade do outro (persuadir) e aquela que leva à condução de certezas, no campo da razão.
Convencer é construir algo no campo das idéias. Quando convencemos alguém, esse alguém passa a pensar como nós. É derivado da palavra vencer: a pessoa convencida foi antes de tudo "vencida" por uma argumentação. Assim, a pessoa convencida pode ou não agir de acordo com as idéias de quem lhe convenceu. Por outro lado, quem foi persuadido, mesmo não concordando inteiramente com seu persuasor, acaba fazendo o que este lhe pediu, de livre e espontânea vontade. Persuadir é construir no terreno da ação: quando persuadimos alguém, esse alguém realiza algo que desejamos que ele realize.
A palavra persuadir vem do latim persuadere, que significa aconselhar ou "levar a uma opinião", e pode ser definida como a arte de apresentar argumentos apelando para a emoção do interlocutor com o objetivo de conseguir sua adesão.
O ato de persuadir, por sua vez, procura atingir a vontade, o sentimento do interlocutor, por meio de argumentos plausíveis ou verossímeis. Tem caráter ideológico, subjetivo, temporal: o primeiro (convencer) conduz a certezas, ao passo que o segundo (persuadir) leva a inferências que podem levar o interlocutor ou o público – ou parte dele – à adesão aos argumentos apresentados.
Em vários momentos da nossa vida usamos um ou outro caminho milhares de vezes em nossos relacionamentos. E talvez até por isso mesmo não fazemos a distinção a priori entre convencer e persuadir. Mas quando ouvimos um discurso de líderes de peso - como Martin Luther King, Gandhi, Mandela e no caso do Brasil, o nosso ex-presidente Lula, por exemplo - passamos a perceber com clareza quem fala à razão e quem fala à emoção, aos sonhos, à liberdade.
Então, a diferença principal é essa: entre aqueles que dominam a técnica (natural ou elaboradamente) e conhecem as leis que regem a persuasão e aqueles que ficam só no campo do convencimento.
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