Para o setor supermercadista o contrário de lucro é perca, produtos que não venderemos mais, quaisquer que sejam os motivos, serão considerados como perca ou quebra da loja.
Quando um produto de bazar cai e quebra, no caminho entre o depósito e a gôndola, estaremos sendo privados de algo que possuíamos. Esta é uma das definições de perca existentes no dicionário, ser privado do que se possuía. Várias outras razões podem nos fazer perder produtos. Um pedido que chega incompleto e absorvemos a falha do fornecedor, quando um cliente ou um funcionário furta alguma mercadoria, quando o prazo de validade chega a vencer na loja, etc.
Geralmente o mercadista não se preocupa em transformar esses fatos em números, conseqüentemente não se preocupará em investir dinheiro ou tempo para que esses números sejam apresentados.
Segundo levantamentos da Abras (Assoc. Brasileira de Supermercados), no setor supermercadista, as perdas superam o lucro líquido. As perdas representam quase 2% do faturamento dos supermercados, enquanto o lucro líquido responde por 1,75%. Mostrando os mesmos valores em cifras, basta saber que o faturamento bruto em 2006 foi de 124,1 bilhões, portanto o lucro líquido do setor girou em torno de 2,2 bilhões, mas as perdas somam cerca de 2,44 bilhões. Isso significa que se os supermercados conseguissem reduzir ao menos pela metade as perdas atuais, somaria ao seu lucro liquido em torno de 1 bilhão, já que a perda, se evitada, vira lucro quase que de forma integral.
Para um segmento cuja rentabilidade média é de 2%, como é o caso do supermercadista, o controle é essencial. Um estudo americano mostra que, para manter um lucro de 2%, a empresa que perde um produto tem que vender outros 33. Mesmo assim, a pesquisa de Perdas no Varejo, realizada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em parceria com o Programa de Administração de Varejo (Provar), apurou, que em 2005, o percentual de perca no setor chegou a 2,05%.
            Alguns tipos de produtos têm características especiais para se controlar os estoques e também chegar a números das percas. Esses produtos exigem um acompanhamento constante de sua movimentação, para assim se saber como se comporta certos setores da loja.
            No caso de produtos que têm o controle exato de estoques praticamente impossível, esse tipo de controle é primordial, a exemplo dos produtos perecíveis (FLV e açougue).
            As perdas em um açougue sem controle das mesmas, chegam a atingir 40% e com um acompanhamento ideal podem cair para 4% a 8%.
            E o principal benefício de se apurar essas perdas, em uma loja é o benefício fiscal, onde poderemos obter diversos abatimentos em impostos, como o IRPJ, PIS/COFINS, etc.
Portanto a busca incansável pelos números dos nossos estoques, principalmente dos estoques perdidos, é uma constante pelo que deixamos de lucrar, assim iremos apurar e principalmente conhecer os caminhos para o resultado efetivo do nosso controle de estoques.
Abraço e sucesso
Alan Fernandes Júnior